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50% da população masculina sofre de calvície

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a calvície afeta cerca da metade dos homens até os 50 anos de idade. Uma pesquisa realizada pelo portal norte-americano Statisc Brain, apontou que mais de 800 mil pessoas no mundo buscam tratamentos para calvície. Só nos Estados Unidos, o problema atinge 35 milhões de homens (40% da população masculina no país).

Em razão de uma pré-disposição genética, que pode ser tanto de origem materna, quanto paterna, a dermatologista Luísa Ottoni, especialista em tricologia e médica da Clínica Espaço A, em Belo Horizonte, explica que os pelos vão sofrendo um processo de miniaturização, ou seja, vão ficando cada vez mais finos levando ao aumento das entradas e percepção de rarefação. “Todo esse processo acontece devido à ação do hormônio derivado da Testosterona, que é o DTH. Em geral, a parte posterior do couro cabeludo é poupada, pois os fios ali presentes são “resistentes” geneticamente à ação hormonal”.

Embora ainda não haja uma cura, a especialista garante que existe um controle do quadro. “O tratamento é realizado com xampus para controle da oleosidade, loções que estimulam o aumento da espessura capilar, medicamentos orais, aparelhos eletrônicos que injetam medicamentos localmente, laser e transplante capilar. Atualmente, apenas dois remédios estão disponíveis no mercado para tratar a calvície: o minixidil e a finasterida. Ambos podem causar efeito colaterais, não sendo amplamente eficientes”, alertou Ottoni.

Além disso, uma outra alternativa cada vez mais conhecida e procurada pelos homens é o transplante capilar. Uma pesquisa publicada na revista médica PLOS Biology, foi realizada em laboratório com amostra de folículos do couro cabeludo de mais de 40 pacientes homens que passaram por um transplante capilar. Os pesquisadores da Universidade Manchester, aderiram a uma droga imunossupressora, a ciclosporina A, utilizada desde a década de 1980, para impedir a rejeição de órgãos transplantados.

Prevenção

E quanto mais precoce a procura pelo especialista, menor a chance de progressão do afinamento dos fios, de acordo com ela. “É muito importante que os pacientes entendam a necessidade de conversar e esclarecer as dúvidas sobre os tratamentos medicamentosos e hormonais, pois há muitos mitos sobre o assunto. O objetivo é conscientizar a população que doenças capilares devem ter um diagnóstico e tratamento medicamentoso realizado por médico. Os pacientes devem ser informados sobre a segurança dos tratamentos atuais e dos mais recentes avanços terapêuticos e cirúrgicos para tratamento da calvície”, alertou.

Além disso, a tricologista ressalta que hábitos de vida saudável podem contribuir no tratamento como e evitar estresse excessivo, o uso de cigarros, álcool e anabolizantes, manter os cabelos sempre limpos e uma alimentação adequada. “Todos esses cuidados são muito importantes para a prevenção desse problema que afeta a aparência física do paciente, mas acima de tudo a autoestima e até mesmo o lado emocional do homem”, garantiu.