Transplante Capilar: Restauração capilar com naturalidade é possível
O transplante capilar é uma técnica cirúrgica, que consiste em remover o cabelo de uma área doadora do paciente e transplantá–lo para um local em que há rarefação ou queda capilar, inserindo as unidades foliculares uma a uma, com os bulbos (raízes) preservados. “O procedimento atualmente deixa resultados naturais. Técnicas que deixavam o paciente com aspecto de “cabelo de boneca” não são realizadas. A restauração da autoestima do paciente que realiza este procedimento costuma ser positiva”, contou a dermatologista Luiza Ottoni, especialista em Tricologia e Implante Capilar.
O transplante pode ser realizado por homens e mulheres para recuperação de densidade capilar de couro cabeludo, sobrancelhas e falhas de barba. Segundo a especialista, a cirurgia para correção de calvície possui duração média entre 6 e 7 horas, sendo realizada por meio de anestesia local. Além disso, a técnica é realizada com cabelos da própria pessoa.
Ela ainda explica que a avaliação clínica do paciente e planejamento são fundamentais. “Essa etapa é muito importante para a avaliação dos pelos, da densidade da área doadora e receptora (área calva). Além disso, na consulta, paciente e médico definirão juntos qual será a melhor técnica a ser utilizada. Todo o procedimento de restauração capilar exige indicação clínica, planejamento e técnica avançada. O procedimento já é estudado há muito tempo e as técnicas e instrumentos vem sendo aprimorados”, garantiu a médica.
Técnicas
Atualmente existem duas técnicas de restauração capilar: FUE e FUT. De acordo com a especialista, a principal diferença entre as duas é que na FUE as unidades folículares doadoras são removidas individualmente na região posterior e lateral do couro cabeludo, por meio de instrumentos especiais. Já na FUT, uma parte do tecido do couro cabeludo é retirado em forma de faixa e as unidades foliculares são separadas uma a uma desse tecido por técnicas de instrumentação especializadas, com auxílio de microscópios especiais.
Ela lembra que a forma de implantação dos fios será sempre um a um com instrumentos especiais, independente da técnica de extração utilizada. “Ambas podem deixar alguma cicatriz. Na FUE as cicatrizes são pequenas, discretas, puntiforme. Já na FUT a cicatriz fica linear, atrás da nuca do paciente, e permanecerá coberta pelos fios”, concluiu Luiza.